A SIDA, enquanto doença, não constitui um obstáculo ao sucesso escolar, não necessitando, estas crianças, de frequentar o ensino especial.
A nossa principal preocupação é sensibilizar de uma maneira verdadeira, as entidades responsáveis para o problema existente nos nossos infantários, jardins-de-infância e escolas, no que se refere à aceitação de crianças seropositivas.
Antecipando a futura entrada na escola, realizam-se acções de sensibilização, informação e formação nas escolas sobre VIH.
Para uma integração plena das crianças, optamos pela não ocultação da realidade e afirmação da verdade.
A nossa experiência permite-nos concluir que por melhor equipada que esteja uma escola, o acesso à informação sobre a situação clínica da criança é indispensável para poder tomar medidas preventivas e correctivas existindo qualquer comportamento de risco.
Existindo situações de troca de sangue é determinante que as crianças não seropositivas iniciem um tratamento em tudo idêntico ao da criança seropositiva, assim como a criança seropositiva deve efectuar exames para salvaguardar a sua integridade física. Isto, é possível com o conhecimento da situação clínica de cada criança.
Actualmente 11 das crianças donos da Casa SOL, frequentam quatro instituições de ensino relativamente próximos da SOL, sendo o seu transporte assegurado por duas carrinhas próprias, dado que não é viável o acesso a pé.
Os resultados escolares são geralmente bons. Para além disso, praticam diversas actividades extracurriculares:
Refira-se ainda que todas as crianças em idade escolar residentes ou de centro de dia que estão ou estiveram na Associação SOL foram inscritas na escola pela Associação SOL.
Esta é uma das grandes vitórias destas crianças, assegurando o seu direito à educação, o que infelizmente, não é verdade para outras crianças nas mesmas condições que encontram barreiras, algumas inultrapassáveis, no acesso à escolaridade